Somos frutos do meio no qual fomos criados. O caráter e a personalidade de cada adulto são frutos das marcas de amor ou desamor de sua infância. Vejam o texto abaixo:
A criança aprende com o convívio
(Doroty Law Nolte)
“A criança que convive com críticas, aprende a condenar.
A criança que convive com hostilidade, aprende a ser agressiva.
A criança que convive como ridículo, aprende a ser tímida.
A criança que convive com a vergonha, aprende a se sentir culpada.
A criança que convive com a tolerância, aprende a ser paciente.
A criança que convive com estímulos, aprende a ter autoconfiança.
A criança que convive com elogios, aprende a valorizar.
A criança que convive com a integridade, aprende a ser justa.
A criança que convive com a segurança, aprende a ter fé.
A criança que convive com a aprovação, aprende a gostar de si.
A criança que convive com honestidade, aprende a verdade.
A criança que convive com a aceitação e a amizade, aprende a encontrar o amor no mundo”.
A criança é terra fértil e o que plantamos colhemos. A convivência fará brilhar ou ofuscar a imagem e semelhança de Deus na qual fomos criados. Os lares cristãos devem ser fábricas de santos para gerar crianças de fé, justas, autoconfiantes, pacientes, que gostam de si e conheçam a verdade e se tornem amor como o próprio Deus é amor.
O que aprendemos na nossa infância?
O que aprendem as crianças de hoje?
Se Não Gostamos Do Que Colhemos É Melhor Trocar O Plantio
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém!
No princípio fomos criados à imagem e semelhança de Deus e mesmo o pecado tendo deixado em nós marcas profundas podemos dar glórias a Deus que nos cura e liberta de todo mal.
Na encarnação de Jesus Deus e Homem se unem numa só criatura de forma que nada mais pode nos separar do amor do Pai. Na ressurreição Jesus nos deu sua vida, agora podemos amar como Jesus amou, viver como Jesus viveu. Para isto o Espírito Santo trabalha em nós como alguém que lustra uma peça de metal até ver sua imagem refletida nela. A imagem e semelhança de Deus, como era no princípio Ele traz para o agora de nossas vidas e para sempre. Amém!
Mesmo se eu aprendi a condenar, a ser agressivo, a ser tímido, a sentir-me culpado, Deus me capacita a não repetir minha história com os pequeninos. É muito interessante o texto de Gênesis 1, 24 quando Deus fala para Adão e Eva: “Deixai pai e mãe”. Ao ler isto podemos nos perguntar: Como? Eles não tinham pais!
Deixai pai e mãe é muito mais que se ver livre das más heranças, resgata para Deus aquilo que vem Dele e só a Ele pertence.
Assim o Anjo anuncia, “O Filho que nascer de ti será chamado Filho do Altíssimo, pois será grande em tudo” (Lc 1,32).
E quando renovamos as promessas do nosso Batismo, a mesma água que nos lavou renova em nossas vidas os frutos deste sacramento.
Vamos Rezar?
Só procura um médico quem reconhece que está doente. Vamos nos colocar na presença de Deus e reler o texto de Doroty Law Nolte.
Envolto no manto de Maria reveja sua história e perdoe as críticas, a hostilidade, o ridículo, a vergonha, dizendo como Jesus: “Pai, perdoai-os, eles não sabiam o que faziam”.
Agora é hora de se encontrar no olhar para Jesus. Sendo imagem e semelhança de Deus, renuncio a tudo que Jesus não é (crítico, agressivo, hostil...) e tomo posse de tudo o que Ele é (paciente, justo, verdade...).
Renove as promessas do seu Batismo e se deixe banhar por esta água límpida e cristalina que jorra para a vida eterna.
“Porventura ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do pai, assim também nós em novidade de vida” (Rm 6, 3-4).
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O Ministério para Crianças acolhe como visão profética a Carta Encíclica “Caritas in Veritate” que surge no momento em que o mundo passa por uma grande crise econômica. Após 42 anos da última encíclica social, o Papa Bento XVI lança a Encíclica “Caritas in Veritate” sobre o desenvolvimento humano integral na caridade e na verdade que diz:
“A verdade há de ser procurada, encontrada e expressa na ‘economia’ da caridade, mas esta por sua vez há de ser compreendida, avaliada e praticada sob a luz da verdade” (CV2).
Com este documento o Papa desafia toda a Igreja a viver os valores exigentes do Evangelho com um maior comprometimento. Ministério para Crianças, é hora de criar raízes!
VER
Diz Frei Beto:
“Em cerca de 200 anos de predominância do capitalismo, o balanço é excelente se considerarmos a qualidade de vida de 20% da população mundial que habita nos países ricos do hemisfério norte. E os demais 80%? Excelente também para os bancos e grandes empresas. Porém, como explicar, à luz dos princípios éticos e humanitários mais elementares estes dados da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO): das 6,5 bilhões de pessoas que existem hoje no planeta, cerca de 4 bilhões vivem abaixo da linha da pobreza, dos quais 1,3 bilhões abaixo da linha da miséria? E 950 milhões sofrem de desnutrição crônica. Se queremos tirar algum proveito da atual crise financeira, devemos pensar como mudar o rumo da história e não apenas como salvar empresas, banco e países insolventes. Devemos ir à raiz dos problemas e avançar o mais rapidamente possível na construção de uma sociedade baseada na satisfação das necessidades sociais, de respeito aos direitos da natureza de participação popular num contexto de liberdades políticas”.
JULGAR
Somos frutos de nossa história, mas também os únicos capazes de mudá-la.
Se não gostamos do que colhemos o jeito é mudar o plantio.
“A partilha dos bens de recursos, da qual deriva o autêntico desenvolvimento, não é assegurada pelo simples progresso técnico e por meras relações de convivência, mas pelo potencial de amor que vence o mal com o bem e abre à reciprocidade das consciências e das liberdades” (CV9).
AGIR
O mundo criado é uma obra a ser completada, e, para isto, Deus faz um apelo na liberdade do homem para que ela o conduza a engajar-se na construção do bem através do agir amoroso.
“A doutrina social da Igreja é anúncio e testemunho de fé; é instrumento e lugar imprescindível de educação para a mesma” (CV15).
A evangelização para crianças sofre assim profundas transformações. Os tempos são favoráveis, pois apesar do aumento em níveis alarmantes da violência, do abuso e da falta de respeito com a criança, não podemos esquecer que, com a graça de Deus, “Onde abunda o pecado superabunda a graça”. Cremos que mais uma vez a Mão Poderosa de Deus se levantará como na profecia de Isaías:
"Desaparecida a boa fé, fica despojado aquele que se abstém do mal. O Senhor viu com indignação que não havia mais justiça. Viu que aí não existia pessoa alguma, e admirou-se de que ninguém interviesse. Então foi seu próprio braço que lhe veio em auxílio, e sua justiça que lhe serviu de apoio". (Is 59, 15-16).
Há de se conhecer melhor todas as ferramentas que temos disponíveis para de forma rápida e eficaz responder ao “Grito dos Pequeninos”. As leis estão aí para serem cumpridas. A Lei de Incentivo 2000/98 exige que as empresas com mais de 100 empregados tenham creche, em contrapartida permite deduzir 3% do ICMS para estas empresas. Se fizermos um bom projeto ganharemos toda a estrutura e ainda poderemos atender as crianças de toda comunidade. Não podemos esquecer, também, das leis Estaduais e Municipais (já existem sites e organizações especializadas em fazer projetos). Na verdade, se nos organizarmos em Associações e ONGs através de projetos, romperemos os anos e anos de mau uso do dinheiro público e a política voltará a ser o bem comum.
“Eis minha aliança com eles, diz o Senhor: meu espírito que sobre ti repousa, e minhas palavras que coloquei em tua boca não deixarão teus lábios nem os de teus filhos, nem os de seus descendentes, diz o Senhor, desde agora e para sempre” (Is 59,21)
Louvado seja o Menino Jesus
Hyde Flávia
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